A epidemia mundial de obesidade está estimulando esforços para identificar fatores tanto ambientais quanto endógenos que poderiam afetar o balanço energético.
Diversos estudos compararam a composição da microbiota intestinal de ratos obesos e suas fêmeas magras, e descobriu-se que a obesidade está associada com mudanças na quantidade relativa de duas espécies bacterianas dominantes, as Bacteroidetes e as Firmicutes.
Por meio de análises bioquímicas foi demonstrado que essas mudanças afetam o potencial metabólico da microbiota intestinal dos ratos; isto quer dizer que a microbiota dos obesos tem uma maior capacidade de captura de energia a partir da dieta.
Estes resultados indicam que a obesidade tem um componente microbiano, o que pode ter implicações terapêuticas em potencial.
Referências
Microbial ecology: Human gut microbes associated with obesity. Ruth E. Ley, Peter J. Turnbaugh, Samuel Klein & Jeffrey I. Gordon Nature 444, 1022-1023 (21 December 2006)
An obesity-associated gut microbiome with increased capacity for energy harvest. Peter J. Turnbaugh, Ruth E. Ley, Michael A. Mahowald, Vincent Magrini, Elaine R. Mardis & Jeffrey I. Gordon Nature 444, 1027-1031 (21 December 2006)