Benefícios do produto como prevenção de doenças cardiovasculares e câncer acabam de ser reconhecidos pelo FDA (Food and Drug Administration) nos EUA; Consumo nacional cresceu cerca de 8% no ano passado e o Brasil já figura como um dos maiores importadores de azeite do mundo
O azeite Extra Virgem está virando vedete na mesa do brasileiro. O produto, que acaba de ser reconhecido pelo FDA como um alimento funcional que possui antioxidante s , capaz es de prevenir doenças cardíacas, câncer e também fortalecer o sistema imunológico, registrou um aumento de consumo da ordem de 8% no mercado nacional em 2004.
Segundo Dr. Daniel Magnoni, isso deve-se, em grande parte, a uma preocupação cada vez maior da população em relação ao consumo de alimentos mais saudáveis. Entre as opções de óleos comestíveis existentes no mercado, o azeite é considerado o mais benéfico para o organismo (veja tabela abaixo). “Estresse, fumo, vida sedentária, forte ritmo de trabalho, ingestão de alimentos com gordura trans e fritura produzem radicais livres, que aceleram o envelhecimento e acabam resultando em doenças. O papel dos antioxidantes existentes no azeite é inibir esses radicais livres que ficam circulando no organismo e podem causar sérios danos à saúde”.
Embalagens com selo do FDA – Os benefícios do azeite já são reconhecidos mundialmente, tanto que o rigoroso FDA (Food and Drug Administration, agência que regula produtos farmacêuticos e alimentícios nos EUA) autorizou os fabricantes de azeite a fazerem referência nas embalagens sobre os efeitos benéficos para a saúde e, principalmente, para o sistema cardiovascular.
Enquanto os outros óleos são produzidos a partir das sementes, o azeite é o único óleo extraído da fruta (azeitona), que possui gordura monoinsaturada (a mais saudável das gorduras) vitaminas e minerais, além de ser fonte de vitamina E e de vários compostos que são antioxidantes.
O hábito de uma alimentação rica em azeite, principalmente quando comparada a dietas fartas em gordura animal – fontes de gordura saturada – são capazes de reduzir o colesterol LDL (mau colesterol) e aumentar o HDL (bom colesterol), que protegem as artérias. “Temos três tipos de gorduras: as saturadas, que aumentam o LDL e o nível de gorduras no sangue; as polinsaturadas e as monoinsaturadas que não elevam o colesterol. Ao consumir o azeite estamos ingerindo 77% de gordura monoinsaturadas, 14% de saturadas e 9% de polinsaturadas, o que torna o óleo mais saudável em relação aos outros” explica Dr. Magnoni.
Prevenção de câncer – O consumo de azeite também pode ajudar no tratamento e prevenção do câncer, pois seus componentes reduzem de forma significativa os níveis de gene da doença chamado Her-2/neu. No caso de diabetes, a substituição de gordura saturada pelo azeite melhora a resistência à insulina e conseqüentemente diminui a glicose do diabético.
“Extra Virgem é mais benéfico” – O azeite tem suas características fortalecidas a partir de seu preparo. No processo de fabricação é necessário que a oliva seja prensada em uma temperatura baixa, ou seja, a frio para não destruir suas propriedades. Classificado como o melhor da categoria, o Extra Virgem, além do alto teor de antioxidantes, tem acidez de até 1%, o que significa que quanto mais baixo for o teor melhor será a qualidade do azeite. “Vale ressaltar que o azeite é uma gordura, porém mais saudável que as demais, e sua qualidade, principalmente do Extra Virgem, independe de sua cor. O consumidor deve ficar atento ao rótulo, à tradição do produtor e às especificações do fabricante”,
Comparação de gorduras alimentares em óleos comestíveis (%)
Produto |
Gordura Saturada |
Gordura Poliinsaturada |
Gordura Monoinsaturada |
Óleo de Oliva |
14 |
09 |
77 |
Óleo de Canola |
6 |
36 |
58 |
Óleo de Cártamo |
9 |
78 |
13 |
Óleo de Girassol |
11 |
69 |
20 |
Óleo de Milho |
13 |
62 |
25 |
Óleo de Soja |
15 |
61 |
24 |
Óleo de Algodão |
27 |
54 |
19 |
Banha |
41 |
12 |
47 |
Óleo de Palma |
51 |
10 |
39 |
Sebo Bovino |
52 |
4 |
44 |
Gordura de Manteiga |
66 |
4 |
30 |
Óleo de Côco |
92 |
2 |
6 |
Óleo de Amendoim |
18 |
34 |
48 |
IMeN – Soluções em Nutrição, 2005